Justiça decide que homem que vazou fotos do corpo de Marília Mendonça continue preso

A defesa de André Alves, representada pela Defensoria Pública, optou por não comentar o caso

Legenda: Marília Mendonça morreu em novembro de 2021, em Minas Gerais.
Foto: Thiago Gadelha

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu manter a prisão preventiva do acusado de vazar fotos da autópsia dos cantores Marília Mendonça, Cristiano Araújo e Gabriel Diniz. André Felipe de Souza Pereira Alves também é acusado de crimes de xenofobia e racismo. A defesa do homem não comentou o caso. 

As informações são do jornal Folha de S. Paulo. A decisão foi tomada pela 2ª Vara Criminal de Santa Maria. O caso de André é atendido pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), que não quis comentar a manutenção da prisão. A Defensoria afirmou ainda que o processo é sigiloso e que apenas o TJDFT poderia conceder informações.

"Por se tratar de prisão preventiva, não há prazo de duração, podendo ser mantida ou revogada a depender do preenchimento dos critérios legais estabelecidos no Código de Processo Penal", informou o TJDFT.

Entenda o caso

André Felipe de Souza Alves Pereira foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no dia 17 de abril. Ele responde por diversos delitos, incluindo vilipêndio a cadáver. E será julgado por outros crimes, sendo eles: 

  • Contra o sentimento religioso;
  • Contra o respeito aos mortos;
  • Contra a incolumidade pública;
  • Atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública.

No dia 27 de abril, a 2ª Vara Criminal de Santa Maria aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) contra André Felipe, com determinação de suspensão da conta dele no antigo Twitter - a rede X.

No perfil, o suspeito também fazia postagens racistas e com apologia ao nazismo. Por isso, ele também será julgado por uso de documento falso e crimes de preconceito e intolerância racial. 

No início de abril, as imagens da autópsia do corpo partiram de um laudo sigiloso do IML um ano e meio depois da morte de Marília Mendonça. Pesquisas pelas imagens dispararam no Google, apesar de protestos da família e do clima de indignação comentado por fãs nas redes sociais.