O avião que caiu e provocou a morte da cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas nesta sexta-feira (05) não possui caixa-preta.
A informação foi revelada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) neste sábado (06).
Conforme o órgão, foi encontrado na aeronave um spot geolocalizador, equipamento que deve fornecer informações que serão comparadas com o plano de voo.
O Cenipa ainda informou que todas as evidências que poderiam ser utilizadas na investigação da causa do acidente já foram coletadas pelos peritos, de forma que eles não devem mais entrar no avião.
Para a segunda fase da perícia, os destroços serão removidos do local e transportados neste domingo (07) para o aeroporto em que deveria ter pousado, na cidade de Ubaporanga.
ANAC
A PEC Táxi Aéreo, responsável pelo avião de pequeno porte, comunicou que o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, e o copiloto Tarciso Pessoa Viana tinham ampla experiência de voo e que a aeronave estava habilitada pela Anac.
“O avião envolvido no acidente era devidamente homologado pela Anac para transporte aéreo de passageiros e estava plenamente aeronavegável”.
TRAGÉDIA
A cantora e parte da equipe estavam em um avião de pequeno porte que caiu perto de uma cachoeira na cidade de Piedade de Caratinga.
De acordo com a Cemig, o avião bimotor que transportava a cantora e outras quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição de alta tensão da empresa.
A Polícia Militar mineira afirmou que o avião bimotor King Air da Beech Aircraft, fabricado em 1984, decolou de Goiânia (GO) e caiu em uma cachoeira localizada a dois quilômetros da pista onde faria o pouso. Ele podia levar até seis passageiros e tinha capacidade para 4,7 mil quilos.
Testemunhas e pilotos que sobrevoaram a região perto de quando o acidente aconteceu falaram que a aeronave "rasgou" fios de alta tensão que estavam ligados a uma torre próxima ao local.