Primeiro satélite de madeira é lançado ao espaço e deve pegar fogo ao voltar para a Terra; entenda

Aparelhos do tipo, basicamente, são compostos por materiais metálicos

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Diário do Nordeste/AFP producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 12:31)
Legenda: Objeto mede apenas 10 centímetros
Foto: STR/JIJI PRESS/AFP

O primeiro satélite feito de madeira do mundo foi lançado ao espaço, conforme revelaram os criadores japoneses do aparelho nesta terça-feira (5). O dispositivo foi acoplado a um foguete da SpaceX, que partiu em uma missão de reabastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS).

Aparelhos do tipo, geralmente, são compostos por materiais metálicos, e quando são aposentados podem retornar à Terra como lixo espacial e partículas metálicas, que, segundo os criadores do objeto de madeira, podem impactar negativamente o meio ambiente e as telecomunicações. 

No entanto, o chamado LignoSat, espécie de cubo feito de madeira que mede apenas 10 centímetros, visa reduzir exatamente a geração de partículas metálicas. Pelo menos, essa é a expectativa dos cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão, que esperam que o objeto incendei ao retornar para a atmosfera.

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Antes de ser consumido pela camada externa do Planeta, os pesquisadores planejam que o experimento verifique os sinais de tensão e determine se materiais como a madeira podem suportar as mudanças extremas de temperatura no espaço. 

"Os satélites que não são de metal devem se tornar algo comum", declarou Takao Doi, astronauta e professor da instituição japonesa, há alguns meses.

Nesta terça-feira, nas redes sociais, os criadores da tecnologia declararam que o dispositivo, instalado em um contêiner espacial preparado pela Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial, "voou de forma segura ao espaço". O dispositivo foi lançado do Centro Espacial Kennedy da Nasa na Flórida, informou a Universidade de Kyoto.

Uma porta-voz da Sumitomo Forestry, uma das criadoras do LignoSat, disse à AFP que o lançamento havia sido "bem-sucedido". "Chegará em breve à ISS e será lançado ao espaço um mês depois", para testar sua resistência e durabilidade, afirmou.

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