Legislativo Judiciário Executivo

Valdemar Costa Neto é preso pela PF por porte ilegal de arma

Presidente do PL foi um dos alvos de operação que mira aliados de Jair Bolsonaro

Escrito por Redação ,
Valdemar Costa Neto
Legenda: Valdemar Costa Neto é preso durante operação da PF nesta quinta-feira (8)
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8), por porte ilegal de arma de fogo. A informação foi divulgada pela CNN Brasil e pelo jornal O Globo

Ele era um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que investiga organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após a derrota nas eleições de 2022. Durante a ofensiva, Costa Neto foi flagrado com uma arma com registro irregular

A operação prendeu, também, os ex-assessores de Bolsonaro, Filipe Martins e Marcelo Câmara.

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Além de quatro mandados de prisão preventiva, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de sair do País, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas, e suspensão do exercício de funções públicas.

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Há cumprimento de mandados no Ceará e nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Nesta fase, segundo a PF, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições de 2022, antes mesmo do pleito, para viabilizar e legitimar uma intervenção militar. A dinâmica, conforme a PF, era "de milícia digital".

Como o grupo agiu

A investigação da PF identificou que o primeiro eixo de atuação do grupo criminoso consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, com "disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação". O discurso, cita a PF, era reiterado pelos investigados desde 2019 e persistiu mesmo após os resultados do segundo turno das eleições presidenciais.

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O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

O Exército acompanha o cumprimento de alguns mandados pela PF. Os fatos investigados configuram, em tese, crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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