A imagem do Brasil se deteriora no exterior devido ao discurso do Governo Bolsonaro sobre o meio ambiente. Nesta quinta-feira (22), o presidente francês, Emmanuel Macron, engrossou o coro dos críticos e disse que os incêndios que atingem a Amazônia são uma "crise internacional" e convocou os membros do G7 a discutir "esta emergência" na cúpula de Biarritz, neste final de semana, na França. "A Amazônia, pulmão de nosso planeta, que produz 20% do nosso oxigênio, está pegando fogo. Essa é uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir esta emergência nos dois primeiros dias da cúpula", escreveu o presidente francês no Twitter. A ofensiva contra a política ambiental de Jair Bolsonaro se intensificou nas redes sociais. Dezenas de milhares de internautas alertaram sobre os incêndios na Amazônia sob a hashtag #PrayForAmazon (#Reze pela Amazônia), mas utilizando imagens antigas ou tiradas de outras regiões. Macron se uniu com seu tuíte ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que ontem se mostrou "profundamente preocupado" com os incêndios na Amazônia, após Bolsonaro denunciar uma "psicose ambiental". Planalto Diante da repercussão negativa internacional, Bolsonaro lamentou, ontem, em suas redes sociais, que Macron busca "instrumentalizar uma questão interna do Brasil" para "ganhos políticos pessoais". O presidente garantiu ainda que o "Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo". Segundo ele, "a sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI". Já o Itamaraty prometeu criar um grupo de trabalho com a França para discutir a questão do desmatamento na Amazônia. O Brasil virou alvo de críticas de internautas e líderes mundiais devido à divulgação de dados sobre desmatamento na Amazônia. O presidente francês cobrou providências e pediu atenção do G7 para o problema