Um dias desses...

Confira a coluna deste sábado (31)

Legenda: O extinto restaurante Belas Artes
Foto: Ilustração / Lincoln

Marcados pelo peso da idade, nos tornamos olímpicamente nostálgicos.

Dentro da nossa caretice enfrentamos, "surfisticamente", ondas cascas grossas e desaguamos num recolhimento para ler e escrever.

É o que gostamos de fazer, atualmente. 

Para falar a verdade,  o que nos dá equilíbrio para "suportar" o peso do cotidiano.

Os ciclos da existência passam e a gente nem percebe. Tudo vai se modificando em nosso redor e pouco notamos.

E o pior é não saber mais, cronológicamente, colocar os acontecimentos em ordem nas décadas de 80 e 90.

Pergunto pela vida que tínhamos um dia desses e imagino, absurdamente, que é possivel  recuperar tudo. 

A vida, com os prazeres da feliz convivência, era uma coisa sem gestão ou direção clara que foi acontecendo.

Tempo de pouco entendimento para idealizar as coisas. Viver o momento era o que importava.

A risada como arma, sem moderação.

Que saudade das noitadas do restaurante Belas Artes da Pontes Vieira, o nosso "Maxim's".

Como é possível que tanta gente boa daquela confraria tenha nos deixado.

Enorme falta nos faz Airton Rebouças, Assis Furtado, Betão Ponce de Leon, Oliveira da serraria, Déo Monteiro, o "macho véi", e muitos outros.

Patota perene de alegria que portava permissão para viver assim, e acreditava que as coisas eram para sempre.

De fato, as coisas realmente importantes nunca mudam.



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