No momento em que o combustível começou a faltar no tanque dos times, o Inter soube lidar melhor com o problema.
Atento, aproveitou o cochilo do Fortaleza e, numa cobrança de lateral, ensejou que Edenilson entrasse andando na área adversária e marcasse o gol da vitória, aos 48 minutos.
Inter e Fortaleza propuseram um jogo franco.
O Fortaleza pressionou mais na saída de bola do Colorado e Lucas Lima iluminou duas vezes, para que Enriquez perdesse um gol feito e Ederson chegasse um pouquinho atrasado para abrir a contagem.
O Inter equilibrou o jogo, mas suas chances de gol foram pífias no primeiro tempo.
Na segunda fase, o Fortaleza voltou vacinando na área do Inter e deixou de marcar com Éderson, Robson e, uns minutos depois, com Pikachu, recebendo passe agridoce de Lucas Lima.
Perto dos 30, a garapa azedou porque os jogadores resolveram brigar, gerando as expulsões de David e Saravia.
O Fortaleza perdeu mais no negócio e o Inter meteu atacante (Guerreiro) e tirou jogador do meio-campo.
Nesse momento do jogo, Edenilson deu uma passe de voleio para Iúri finalizar e Felipe Alves operar uma grande defesa.
Éderson, pelo meio-campo tricolor, carregava demais a bola e desprezava o toque de primeira.
Daniel Guedes, mais burocrático, não impulsionava o jogo com Pikachu, que saiu por jogar mal.
A mudança do ataque, com as entradas de Valentim e Wellington Paulista, teve peso zero.
A perna pesou dos dois lados e o jogo ficou recheado de chutões e passes errados.
Acontece que o Inter não deixou de fustigar mais, diante de um Fortaleza sem controle para organizar o contra-ataque.
O jogo foi bom, os times se dispuseram a jogar e o índice de bola rolando foi lá para cima.
Leão precisa se acertar com o campeonato brasileiro.
O SÁBADO FOI UMA ILUSÃO PARA O CEARÁ
Nelson Rodrigues sentenciou que o “sábado é uma ilusão”.
Pela partida contra o Santos, quando não saiu do 0 X 0, o Ceará confirmou isso, num sábado à noite muito mais próximo de um culto ao desalento.
Aliás, o Santos, assim como o Ceará, necessitado de uma vitória.
Os dois escorregaram, literalmente, no jogo.
Marinho perdeu um pênalti porque escorregou e finalizou por cima.
Lima, pelo mesmo motivo, jogou por cima uma rara oportunidade de marcar no finzinho do jogo, ao finalizar mal, próximo da marca do pênalti.
Estratégias de jogo confusas e fracos desempenhos individuais conduziram o jogo a momentos de marasmo.
As habituais modificações nas duas equipes viraram um mexe-mexe, que não alterou o ritmo do jogo de modo significativo.
Um placar mudo, por muitas e conhecidas causas.
Uma delas a falta de qualidade que desmonta qualquer boa teoria.
É. Parece que o problema do Ceará não estava na sublime gordura do Guto Ferreira.