Mais do que raiva a seleção brasileira arranca do torcedor um lamento. Tem cinco títulos mundiais, colocou o Brasil no Mapa-Mundi e nos encheu de orgulho. As cores de sua camisa sempre imprimiram respeito e temor aos adversários. "A pátria de chuteiras", exclamava Nelson Rodrigues.
O escrete de Garrincha, Pelé, Didi, Gérson, Nilton Santos, Jairzinho, Rivelino, Tostão, Ronaldo "Fenômeno", Rivaldo, Ronaldinho e Romário decretava feriado no País, quando jogava. Hoje, provoca indiferença. O futebol da canarinha foi sempre uma tela que projetou o espírito alegre do seu povo. Deu dinheiro e prestígio internacional à cartolagem.
Usada despudoradamente como um banco pela CBF, ao mesmo tempo, é negligenciada pela entidade. O papelão nas Eliminatórias e o fracasso na Copa América geraram um crise que não tem fim. Esperar que "Neymar se recupere para salvar a seleção", beira o rídiculo.