Quando fazer gols é uma arte

Leia a coluna desta quinta-feira

Legenda: Germán Cano é o destaque da coluna de Wilton Bezerra.
Foto: Mailson Santana/FFC

Sua economia de toques na bola contrasta com a fartura de gols que oferece.

Parece ser uma figura invisível entre os zagueiros adversários. Quando a bola lhe chega aos pés, ajeita o corpo em um átimo.

A finalização é como a métrica poética. Bem encaixadinha. Nem atrasada, nem adiantada. No momento certo.

Flerta, namora e casa com o gol, durante o jogo. Ô homem para gostar de casamento.

Para quem aprecia o futebol pelo lado estético, os seus gols são obras irretocáveis.

De onde veio esse Gérman Cano, minimalista e especialista em refinar o jogo?

Da vizinha Argentina, onde sequer é convocado para a seleção do seu País.

Só precisa de um pequeno espaço em campo para se conectar com a beleza. É um lírico, tenham certeza.

Nas combinações ofensivas, pactuou com os companheiros a assinatura final. E que assinatura!

Os seus gols, como o assinalado contra Vasco, doem menos nas torcidas adversárias.

Dá-lhe, Cano!

Os nossos olhos agradecem.



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