Perda de tempo

Confira a coluna deste sábado (1º) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Quem não lê vive em estado de privação mental
Foto: reprodução

Se os escapamentos de neurônios não estiverem a me trair, acho que foi Antônio Maria que disse: "Perdemos muito tempo, lendo e tomando banho."

Não sei quanto tempo o compositor de "Ninguém me ama" passava no chuveiro.

E acho que o ato de ler não  pode ser considerado como perda de tempo.

Quem não lê vive em estado de privação mental.

Existem outras tantas coisas, sem futuro, com as quais se perde tempo.

No meu caso, do alto dos 74 anos de idade, confesso andar perdendo preciosos minutos de minha vida dormindo.

Calma. Posso explicar. Quando a gente cai na malha médica, não é pequena a lista de remédios que passamos a consumir.

Entre eles, medicamentos que apaziguam nossa mente e corpo.

E aí, não há como não cair nos braços de Morfeu, com frequência.

Aliás, por falar em Morfeu (filho de Hipnos, deus do sono), Orlando Silva, "o cantor das multidões", cansado de uma noite puxada, disse para um amigo: "Estou exausto. Vou cair nos braços de Orfeu."

Corrigiu o amigo: "Aí, faltou o M, Orlando."

"Ah, sim, claro: nos braços Orfeum”, disse o cantor.

Na época, os famosos não eram tão letrados assim.



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