Para a bola entrar

Leia a coluna de Wilton Bezerra

Legenda: Leia a coluna de Wilton Bezerra.
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Às vezes, um treinador fica acuado. Seu time domina o jogo, cria oportunidades e o gol não sai.

Então, ele apela para um jogador que reza muito antes de dormir. Ou para um, cuja mãe, reza por ele.

Se, ainda assim, a coisa não funcionar, deve o treinador apelar para um atleta que tenha poderes de feiticeiro.

Afinal de contas, um clube deve saber tudo acerca de um atleta seu.

Dizem que o treinador Duque, campeão várias vezes pelo Náutico pernambucano, lá pelos anos 1960/1970, fazia questão de saber se os seus comandados apreciavam o "marafo".

Prevenido, Duque acreditava, piamente, no poder dos terreiros de macumba e adorava saber de outras "aptidões" dos seus craques.

Sim, amigos, sendo a vitória uma coisa obrigatória nos tempos atuais, cada um que tome seus cuidados.

Quando do advento do Romeirão, em Juazeiro do Norte, na década de 1970, o Icasa ganhava tudo. Seu sucesso era, por muitos, atribuído aos poderes de uma mãe de santo.

Os trabalhos espirituais de Dona Nazaré eram tiro e queda.

Nesse tempo, os gols icasianos não só saiam, como jorravam.

Então, senhores treinadores, na hora do aperreio, prestem atenção, que a coisa é séria.

De olho nas coisas sobrenaturais.



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