Os meias de ligação

Confira a coluna desta terça-feira (4)

Legenda: Nelson Rodrigues e Tostão
Foto: Reprodução/Globo

Volta e meia, volto a falar sobre os meias de ligação no futebol brasileiro. Não deixa de ser uma obsessão.

Dizia-se: "Um grande meia-armador é meio time". Nostalgia dos estilos de Didi e Gerson.

O grande Tostão não cansa de repetir, em suas crônicas, que um dos males maiores  do nosso futebol foi a extinção dos meias.

Entanto, acho que quem fez desaparecer os meias foi a velocidade que o futebol ganhou.

Observamos que, hoje, os meias tem que antecipar a própria jogada que realizam. Saber como dar destino à bola antes que ela chegue.

Os espaços entrelinhas de defesa adversária são tão pequenos e raros, que os meias têm que possuir habilidade, à moda antiga, e velocidade para o executar o último passe.

Acho que a maior explicação é essa. Os esquemas de jogo mudaram, amparados numa velocidade que não existia.

O maior frasista brasileiro, Nelson Rodrigues, sustentava: "A velocidade é um prazer de cretinos".



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