Os caminhos de Fortaleza e Ceará

Leia a coluna desta sexta-feira

Legenda: Vojvoda e Guto Ferreira, técnicos do Fortaleza e do Ceará.
Foto: Thiago Gadelha e Kid Junior/SVM

O Fortaleza tem atravessado alguns desertos em sua jornada vitoriosa nos últimos tempos.

No ano passado, a provação maior foi quando fugiu de uma lanterna para conseguir lugar na Libertadores.

Uma qualidade adquirida na passagem das estações: ser paciente diante dos fatos.

Na forma de jogar, principalmente. Diminui os espaços entre os setores, quando é atacado, e não se desespera quando não marca logo o seu gol. 

Nesta temporada, andou perdendo o swing, mas, rapidamente, recuperou o ritmo e já pisa nas proximidades das primeiras posições.

No Ceará, a ideia de retorno à primeira divisão, um ano após a queda, se mostrou apressada.

Não se atentou para o fato do alvinegro ter que desmontar o elenco quase por inteiro.

Mudança de treinador e equívocos nas contratações foram combinações de efeito negativo.

Quem está encarregado de encontrar uma equação para a fase desfavorável é Guto Ferreira, um ex-inquilino da residência alvinegra, que volta.

O consolo de que a série B não tem time bom, não nos parece indicar uma saída segura para justificar uma reação.

A má qualidade do futebol produz contágios.

E haja a necessidade de tempo para aprumar as coisas.

Tudo leva tempo. Só que o tempo pode levar muitas coisas. Inclusive, a paciência de uma torcida aflita.



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