O tempo tem enorme valor no futebol e na vida

Confira coluna do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Enderson e Tiago Nunes foram demitidos de Cruzeiro e Corinthians, respectivamente
Foto: divulgação

Gosto muito de uma frase que, com freqüência, tenho usado nas minhas abordagens: “As coisas levam muito tempo; só que o tempo leva muitas coisas”,

Isso levado à vida dos treinadores de futebol, aplica-se, também, ao campo da política, onde o entra e sai de ministros se assemelha ao que ocorre com treinadores.

Quando no correr do tempo, as coisas não funcionam, verifica-se que esse mesmo tempo já levou de roldão a esperança e a paciência.

Não é segredo, no atual governo, que a implantação do liberalismo no campo da economia encontra resistências e vai engolindo um tempo além do combinado.

Mas, o que quero dizer, mesmo, diz respeito à trajetória dos treinadores, num país onde se demite um técnico por semana.

Essa gangorra deletéria poderia ser minimizada, se houvesse, por parte dos profissionais, uma análise mais acurada, depois de um convite feito para se assumir um clube.

Ele, o treinador, se consideraria apto a enfrentar o desafio ou o que lhe ocorre é a ganância por dinheiro e os holofotes da mídia?

Será que não lhe passa pela cabeça que o elenco posto à sua disposição não é capaz de reproduzir suas ideias e conceitos de jogo?

Muitos treinadores emergentes ficaram pelo caminho, arrastados pela vaidade e falta de consciência para medir os desafios.

Nem tão experientes assim, mas com tempo de rodagem suficiente para analisar cenários, Enderson Moreira e Tiago Nunes foram levados pelo tempo dos maus resultados no Cruzeiro e no Corinthians.



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