O prazer e a emoção da conversa

Leia a coluna desta quarta-feira (27)

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Foto: Arquivo Pessoal/Wilton Bezerra

Escrevi um livro e fiz o seu lançamento em Fortaleza, Juazeiro do Norte e Crato.

Sem ideia nenhuma de distribuição, resolvi que a venda seria feita pelo telefone, com os compradores se dirigindo ao meu endereço.

Anunciei, a título de gozação, que o livro não era encontrado em farmácia, como certos remédios populares.

Inconscientemente, passei por uma experiência nova e interessante: conversar com pessoas desconhecidas, que me acompanham, há anos, por meio do rádio.

Sim, porque quem adquiria o livro solicitava registrar o momento com uma selfie.

Aí, além de revelar fatos de minha vida, passei a ouvir as pessoas e suas histórias.

Para quem tinha problemas de locomoção, eu atendia na portaria do prédio de apartamentos onde resido.

Confesso que fiquei surpreendido. Não sabia o quanto as pessoas gostavam do que eu falava e escrevia.

Como abriram zonas da alma para falar de uma admiração.

Não me considero famoso (só um pouco conhecido), nem centro de pensamentos nos assuntos que comunico.

Além de lidar mal com os elogios (fico sem jeito), julgando ser apenas um gesto de bondade do ouvinte e leitor.

Claro, o meu jeito bem humorado de tratar com o outro contribui com a empatia criada.

Nunca me senti tão feliz e emocionado como nessa experiência.

Coisas que transitam entre a alma e o coração em torno de um livro tão singelo.

Foi bom demais. Vai que abro um "consultório sentimental" para atender à demanda das amizades.



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