O palavrão

Confira a coluna deste sábado (23) do comentarista Wilton Bezerra

O  palavrão tem dicionário. Não existe eufemismo que o substitua.

Digo muito palavrão durante o dia, quando expresso uma raiva ou admiração.

Acredito que o PQP seja o mais recorrente. Pelo menos, no meu caso.

Nos causos que conto no rádio e TV, retirar o palavrão  deles significa mutilar a história.

Nelson Rodrigues, o "anjo pornográfico", afirmava: "O palavrão alivia o homem de atos brutais".

Se bem, que há palavrão usado para ofender que dói mais do que uma bofetada.

Utilizado para aliviar a dor de uma topada é um santo remédio.

Já certos palavrões servem para elogiar: "Elis Regina era uma puta cantora!". Leminsky é um poeta foda!"

O falso moralista ainda ruboriza diante do palavrão.

Mas, para  obter o seu efeito auditivo desejado, o palavrão precisa ser usado com parcimônia.

Usado, sem excesso, não vai afrontar.

Ao desafiar a moral, o palavrão levanta o moral.

Viva o palavrão!

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