Foi um sufoco, mas o Fortaleza saiu do Rei Pelé, em Maceió, com o tricampeonato da Copa do Nordeste.
Jogo franco, intenso, que mereceu até ser mexido no placar.
Lucero, pelo Fortaleza, e Anselmo Ramon, pelo CRB, tiveram as mais claras chances de gol, entre as existentes da primeira fase.
Equilíbrio no meio-campo, alas mais dedicados à marcação e um certo sacrifício para os homens de área por parte das duas equipes.
O placar igual refletiu esses aspectos do jogo.
Na segunda fase, a vida do Fortaleza se complicou seriamente.
Passados uns 12 minutos, o CRB fez entrar João Neto e Mike. Recuou João Pedro, meia, para posição de Falcão, jogador de marcação.
Muito mais do que essas modificações, o time alagoano partiu para cima do Fortaleza, com uma fúria incontrolável.
Tirou a bola do time do Vojvoda e, simplesmente, engoliu o tricolor.
Foi como se o leão tivesse sido abduzido.
Linhas adiantadas, pressão permanente e uma posse de bola absurdamente maior, levaram o CRB a marcar duas vezes, com João Neto.
Entre um gol e outro, Gegê ainda acertou uma bola na trave de João Ricardo.
O Fortaleza andou perto de não ir para decisão por penalidades.
Achei, inclusive, que juntando as duas partidas, o CRB jogou melhor. Principalmente, pelo segundo tempo no Rei Pelé.
No jogo, o destaque maior foi para João Pedro, do CRB. Esbanjou categoria.
No Fortaleza, Hércules, pelo primeiro tempo.
Já estava na hora do leão interromper a sequência de perdas.
Pelo que custa, a equipe do Pici não está projetada para, apenas, fazer o possível, mas para vencer, conquistar.