O jeito de Condé
Leia a coluna de Wilton Bezerra desta quarta-feira (26)
Todo treinador precisa flexibilizar suas convicções e utilizar as variações táticas de acordo com os adversários.
Muitos treinadores são acusados de organizar ótimas defesas, mas não ousar.
Condé, do Ceará, é um deles. O alvinegro foi moldado por ele para ser mais forte defensivamente.
Adicione-se aí um meio-campo solidário por ter jogadores que se encaixam nessa forma de jogar.
Os extremas - Pedro Henrique e Galeano - são bons samaritanos, ajudam todo mundo. O centroavante - Pedro Raul - um “reclamão” da bola que não chega.
O Ceará, também, utiliza o sistema 4-4-2, quando Pedro Raul não joga.
As dificuldades começam quando o time fica em desvantagem no placar e precisa de mobilidade tática para ser ofensivo.
Caso do jogo contra o Mirassol, em que foi derrotado por 3 X 0. Levou dois gols em menos de meia hora de partida e encerrou sua missa na peleja.
Condé tem suas razões por julgar, com o elenco que possui, ser impossível se tornar um camaleão tático.
A forma única de jogar à base da marcação nem sempre é a solução. Principalmente, quando se alija a si próprio.