O futebol que não se joga aqui

Confira coluna desta sexta-feira (7) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: O Manchester City está na final da Liga dos Campeões 2021
Foto: Clive Brunskill / AFP

A duração dos jogos geralmente não sofre acréscimo, porque, jogadores e comissões técnicas não costumam se atritar com a arbitragem, a todo momento, pela simples marcação de uma falta.

O foco está no jogo, na bola rolando.

A marcação alta revela um desejo permanente de pegar o adversário  pela jugular, no seu campo de defesa.

Na saída de bola, nenhum sinal de desespero pelo fato de ter que, trocar passes debaixo de pressão  em espaços curtos.

Agem como equilibristas frios e precisos.

A recuperação da bola é seguida de ações rápidas para o aproveitamento dos espaços concedidos.

Os dois gols do City contra o PSG foram uma lição pronta e acabada do contra ataque chamado de transição.

Somente quando a troca de passes se esgota como solução decide-se pela jogada área, embora esse tipo de ação faça parte significativa do repertório.

As viradas de jogo são feitas constantemente com bolas longas em jogadas saídas do campo defensivo.

O segundo gol do City contra o PSG saiu de uma bola longa do goleiro brasileiro Ederson.

Há, além de intensidade incrível na disputa, uma clara preferência pela eficiência, desprezando-se o supérfluo que atrase o movimento de jogo.

Jogadores que parecem usar direção hidráulica e rodas de liga leve na condução da bola.

Os gols do Chelsea contra o Real Madrid provaram que existe beleza no futebol coletivo.

Esses foram alguns apontamentos feitos em jogos da Champions Legue.

Gostaria de saber quais times brasileiros sairiam vivos participando desse torneio.

Quem vende os seus artistas não pode oferecer o espetáculo.



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