Neste mês de janeiro de 2021, fiz as contas com o antigo garoto do placar e está lá, no marcador: 42 anos de crônica esportiva na Capital.
Depois de muita relutância, diante de convites para morar e trabalhar perto do mar, aceitei a proposta do narrador Moésio Loiola, para ingressar em sua jovem equipe esportiva na Rádio Uirapuru.
Era começo de 1979 e desembarquei em Fortaleza, com a família (já com 4 filhos para dar “dicomer”) guiando um fusquinha azul, que chamavam de “caixão de anjo”.
Somando-se o tempo de Rádio Progresso de Juazeiro do Norte, inaugurada em 1967, chego a marca de 54 anos de atividades como cronista esportivo. Sem contar o tempo de juvenil, no começo os anos 1960, na Amplificadora Cratense, rádios Educadora e Araripe do Crato, como controlista.
Incrédulo, depois dessas somas, olhei para trás (correndo o perigo de virar estátua de sal) pedi recontagem de tempo e reconheci o elástico placar.
Na Capital, entre o trabalho, goles de cerveja e muita biquara traçada, mudei de casa em poucas oportunidades: ingressei na TV Educativa (hoje, TVC), formei minha própria equipe na Rádio Cidade em 1983, cobri duas Copas do Mundo, da Rádio Assunção pulei para Rádio Verdes Mares e TV Diário, onde me encontro há exatos 10 anos.
Nessa arrojada caminhada, as contrariedades (poucas) que enfrentei, foram adocicadas pelo caminho, e o saldo positivo é uma prova de que valeu à pena.
Por mais desafinado que seja 2021, pode vir que estou “preparado física e tecnicamente, para qualquer pergunta que me for formulada”, como antigamente os jogadores respondiam à primeira indagação do repórter.