Já soube das últimas sobre os gênios?

Confira a coluna deste sábado (27) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Por maior que seja a obra do artista, isso não o absolve dos pecados humanos
Foto: reprodução

O Millôr Fernandes "matou a pau", quando afirmou: "Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos bem”.

Vem outro arremate (não sei de quem) e diz: "Se de perto ninguém é normal, imaginem de muito perto."

Eis o quero  dizer com essas tiradas: as nossas admirações no campo das artes nos parecem ser de caráteres sem jaça, sem nódoas. Intocáveis, acrescento.

Só que tem o seguinte: por maior que seja a obra do artista, isso não o absolve dos pecados humanos, dos seus erros.

Creio que me fiz entender. Se não, paciência.

Por que estas maquinações estão a mexer com os meus neurônios?

Tem aquela sentença, segundo a qual mesmo os gênios dizem e fazem besteiras.

Assisti um filme na Netflix, em que um homem e uma mulher travam um diálogo.

O homem diz, desanimado, que "a inteligência é um empecilho."

A mulher afirma: "O que conta não é a inteligência e, sim, o coração”.

O homem vai mais adiante, assegurando o seguinte: "Muitos escritores eram burros."

E continuou: "Dostoievsky vendeu o casaco da mulher para jogar. Achou que ganharia. Só que não entendia de probalidades.

Tolstoi proibiu camponeses de serem vacinados.

Louis Ferdinand Céline fugiu para a Alemanha com o último nazista lunático. 

Hemingway achava que era boxeador. Todos burros. 

Sem contar os filósofos.

Pior: Heideger era nazista. Sartre virou stalinista. Ao final, elogiava Pol Pot. Althuser estrangulou a esposa.

Foram tão idiotas quanto os políticos.

Embaraçoso ouvir isso sobre gênios da raça.

Que bafo!

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