Intolerância endêmica

Leia a coluna de Wilton Bezerra desta terça-feira (28)

Escrito por
Wilton Bezerra producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 09:40)
Legenda: Flamengo lança nota de repúdio contra torcedora do Fortaleza que hostilizou homem no Castelão
Foto: Luís Norões/SVM

O torcedor, promovido pela mídia acha, agora, que tem o salvo conduto para expulsar quem ele desejar das arquibancadas do estádio.

Apoplética, uma torcedora do Fortaleza, no jogo do seu time contra o Flamengo, entendeu de "botar pra correr" um rapaz que estava com camisa de cor escura em meio a torcedores tricolores.

Segundo a moça, a cor da camisa o revelava como torcedor do rubro-negro.

Ela achou que com aquela decisão demonstraria maior amor ao Fortaleza.

Pronto. Era o que faltava para institucionalizar a intolerância nos estádios.

Doravante, é preciso saber com que roupa se vai para um jogo de futebol.

É lamentável que essa espiral de intolerância ainda seja justificada em nome da rivalidade e outras baboseiras.

Com isso, se tira daquilo que se chama torcida de futebol as suas reais proporções.

O pior é que quando um incômodo como esse é deixado de lado desaprendemos a lidar com ele.

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