Intolerância endêmica
Leia a coluna de Wilton Bezerra desta terça-feira (28)
O torcedor, promovido pela mídia acha, agora, que tem o salvo conduto para expulsar quem ele desejar das arquibancadas do estádio.
Apoplética, uma torcedora do Fortaleza, no jogo do seu time contra o Flamengo, entendeu de "botar pra correr" um rapaz que estava com camisa de cor escura em meio a torcedores tricolores.
Segundo a moça, a cor da camisa o revelava como torcedor do rubro-negro.
Ela achou que com aquela decisão demonstraria maior amor ao Fortaleza.
Pronto. Era o que faltava para institucionalizar a intolerância nos estádios.
Doravante, é preciso saber com que roupa se vai para um jogo de futebol.
É lamentável que essa espiral de intolerância ainda seja justificada em nome da rivalidade e outras baboseiras.
Com isso, se tira daquilo que se chama torcida de futebol as suas reais proporções.
O pior é que quando um incômodo como esse é deixado de lado desaprendemos a lidar com ele.