Inquietações

Confira a coluna deste sábado (25) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Uma dose do individualismo generalizado dá para mostrar que o contigente comprometido com a alegria é muito pequeno
Foto: reprodução

A gente escreve para, entre outras coisas, tirar as pichelingas da cabeça. Ou seria por obrigação?

Não é para dizer tudo que a humanidade precisa saber. Imagina.

Empilhamos palavras e frases e esbarramos na angústia do cotidiano e na conformação em sobreviver. Como se sobreviver bastasse.

Por que se repete a ladainha "os tempos estão difíceis?" Quando foi que os tempos não foram difíceis?

As pessoas, quase sempre,  viveram em conflitos. A filha da empregada acaba de fugir com o palhaço de um circo da periferia e a bronca está no Mundo. A menina é "de menor".

Parece que o estado natural do homem é de viver sempre em conflito.

Nos "tempos difíceis" atuais, tem a ditadura da mesmice, da imbecilização, mistura de cinismo e vulgaridade.

Uma dose do individualismo generalizado dá para mostrar que o contigente comprometido com a alegria é muito pequeno.

Se os poderes têm liberdade para usurpar outros poderes, diga-se que os lobos vão acabar com a família dos cordeiros.

Por que tanta coisa fora do eixo para consumir nossa beleza? Hein?

E nisso que dá, quando a gente escreve se metendo com a realidade.

Corremos o risco de perder a pista do que procuramos 

Bem feito.



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