Futebol: amor e frustração de um comentarista

Confira a coluna deste sábado (2) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Desejei, mesmo, foi ser um jogador de futebol. Meu raquitismo e a falta de habilidades não permitiram
Foto: Lincoln / SVM

"O que mais sei sobre a moral a as obrigações do homem devo ao futebol".

Se Albert Camus, escritor, romancista e filósofo, detentor do Pulitzer de 1957, goleirão do Racing Universitaire Algerios (RUA), não disse essa célebre frase, certamente que a proferiu com outras palavras.

Só sei que, no meu caso, fiz um pacto de amor com o futebol, quando o Brasil se tornou campeão Mundial na Suécia, em 1958.

Entanto, devo dizer que meu amor por ele não chegou a ser completamente correspondido. 

Desejei, mesmo, foi ser um jogador de futebol. Meu raquitismo e a falta de habilidades não permitiram que esse sonho de concretizasse.

Noves fora a inveja boa (se é que existe) de quem se tornou boleiro, terminei como comentarista esportivo. Um prêmio de consolação.

Devo confessar que o meu amor pelo futebol continua inabalável.

Aprecio o futebol como grande arte, reconhecida assim por Eric Hobsbawm, um dos maiores intelectual do século XX. Sem os excessos da geometrização e dos delírios táticos.

Claro, não vou concordar com a máxima que diz "esporte é futebol, o resto é educação física". Mas, nenhuma outra modalidade é mais fascinante do que esta invenção dos ingleses,  que Charles Miller trouxe para o Brasil.

Como alardeia aquele vibrante narrador de TV: "Eu te amo futebol".



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