Depois de uma orgia de remédios, fico pensando no meu canto, como um cronista de laboratório que mistura conteúdos.
O receio de parir apenas um ridículo camundongo, como ocorreu com a montanha que se contorceu em dores.
Muitas vezes, juntamos pedacinhos da gente para compor uma crônica. É quando desconfiamos que ainda existe, no corpo e na alma, alguma coisa a ser investigada.
Já disse, e muito, que o cronista se faz visível na crônica que escreve. Sabemos o que fomos condicionados a saber.
E saímos com a romaria, montando frases em cima de muitas coisas que já foram ditas de forma diferente.
O que somos senão o amálgama dos nossos ancestrais.
As considerações trazidas até aqui, nessa croniqueta, visaram chamar a sua atenção para o seguinte:
Mais importante do que pensamos é o que fazemos.
Precisamos amar e celebrar o nascer das manhãs.
E, finalmente, dizer que faltam poucas horas para agradecer por estarmos vivos e, espiritualmente, sadios.
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