Em crônica cometida há bastante tempo, confessei que ver, pela primeira vez na vida, o antigo Maracanã lotado foi uma epifania.
Se para o intelectual a visão do paraíso é uma biblioteca, para este escriba seria um estádio de futebol tomado pela torcida.
Continuo impressionado com essa integração catártica entre o torcedor e o jogador.
Um fenômeno humano impressionante, em que cânticos, bandeiras e fogos, unificam 11 jogadores em um corpo só.
Não há, sinceramente, nada igual. Cada pingo de suor derramado se torna épico.
Não há dúvidas: uma necessidade do povo se desligar do cotidiano que lhe esmaga.
Mesmo que a violência ameace, aqui e ali, a poesia das arquibancadas, o torcedor continua a lotar os estádios.
Futebol não é ópio, coisa nenhuma. É arte, cultura popular.
O que nos funda é o futebol. Ostenta nossas forças e fragilidades.
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