Depois que o boi está morto

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Legenda: Leia a coluna desta sexta-feira.
Foto: Divulgação/Seleção Argentina

Todo time que adianta suas linhas e pressiona para tomar a bola no campo adversário corre o perigo de levar gol de contra-ataque.

Se o Brasil tivesse levado o gol contra a Croácia por estar recuado em seu campo, teria sofrido a mesma carga de críticas.

Certamente, diriam: "Tinha que pegar em cima, matar a jogada no nascedouro, etc, etc".

Acho que, naquele momento, a equipe ainda estava entorpecida pela emoção do gol de Neymar.

Não ocorreu, sequer, a lembrança de cometer a falta tática.

Vejam outra situação, desta feita, com relação à Argentina.

Imaginem se os hermanos perdem a Copa depois de estar vencendo a França no tempo normal, até 39 do segundo tempo, com uma vantagem de dois gols, e permitir o empate.

Em dois escassos minutos, Mbappé botou a França na parada.

Tem mais. Esteve o time do Scaloni em vantagem, de novo, na prorrogação, cedeu o empate e foi vencer nos pênaltis.

Sem contar que, na prorrogação, Kolo Mouani finalizou e a bola tocou na coxa de Emiliano Martinez, que evitou o gol. A defesa argentina estava mais desorganizada que o PTB de Nova Olinda.

Se a bola entra, nem Messi estaria a salvo da condenação.

A Copa do Catar foi um torneio de surpresas e reviravoltas incomuns. Incontroláveis.

Mas, é aquela história: "Depois que o boi está morto, todo mundo pega no chifre".



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