Como sabem, o futebol cearense tem alguns feitos localizados. Mas,não uma conquista nacional, como o Esporte Clube Bahia.
Evitando os exageros, entendemos que já passou a fase em que Fortaleza e Ceará eram pouco respeitados como adversários.
Isso ocorreu em pouco tempo, a partir do momento em que as pautas foram mudadas e os dois gigantes passaram a ser ancorados em situação de saúde financeira estável.
Saímos de uma doce cadência para pegada mais forte, dentro e fora de campo.
Aos poucos, os formadores de opinião sudestinos vão se livrando de suas visões viciadas, derretendo-se em elogios ao Fortaleza, como o fizeram com o Ceará, ano passado.
Ao mesmo tempo, refletimos sobre o tempo de permanência nesse atual patamar, indagando se o mesmo ainda é irrisório para um estado de euforia.
Semana passada nos deparamos com articulistas sugerindo que o Fortaleza não deve ser descartado como time capaz de brigar pelo título.
Demasiado utópico?
Certamente que sim, levando-se em conta as etapas que precisam ser percorridas até que se atinja o estágio para tamanha empreitada.
Não nos iludamos. O grande desafio, daqui por diante, é evoluir do nível alcançado para sustentar uma destacada campanha.
De qualquer forma vale lembrar o grande Eduardo Galeano, escritor uruguaio, autor de grandes obras literárias sobre o valor da utopia:
“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”