Cuidados com a profissão

Quando o homem não consegue exercer sua profissão, é tomado por profunda frustração. 

Digo sempre que, acima de qualquer outro aspecto, o que mais me realiza é reconhecimento do meu trabalho profissional.

Rádio, jornal e TV são os meus instrumentos.

Lidar com eles exige cuidados e esmero, no que se fala e se escreve.

Nessa profissão, tornar-se conhecido costuma criar armadilhas que podem nos tornar patéticos pela via da vaidade.

Nos reconhecer comuns é o melhor caminho para evitar o ridículo.

Na arte de escrever, por exemplo, me considero integrante do time juvenil.

Não precisamos odiar o nosso tamanho.

Nas crônicas que cometo, aqui e ali, lanço mão de citações de diversos autores, famosos ou não.

Afinal, somos amálgama do que os sábios nos ofertaram.

Certa feita, fui repreendido por um dileto amigo, apreciador da literatura, por não citar autores de frases usadas para urdidura dos meus assuntos.

Embora um pouco tarde, trago minhas explicações.

Por falta de um intelecto mais desenvolvido, muitas vezes, não consigo colocar em uma frase o que se sabia como verdade.

A incapacidade de articular nos leva ao uso de frases alheias, para corroborar com o que estamos afirmando. 

Confessamos, humildemente, que, muitas das vezes, esquecemos de registrar o autor das citações.

Não se trata de nenhum desrespeito: é escapamento de neurônios, mesmo.

A conclusão é a seguinte: precisamos nos policiar, até mesmo para assegurar, que usando palavras alheias, estamos afirmando o que pensamos ou o que os outros pensam.

No mais, reconhecer que essa nossa vida de "bailarino" é fogo.



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