Complexo de superioridade

Leia a coluna de Wilton Bezerra desta segunda-feira (13)

Escrito por
Wilton Bezerra producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 09:34)
Legenda: Imagem da bola da UEFA Champions League de 2024
Foto: JAVIER SORIANO / AFP

Segundo Nelson Rodrigues, até a conquista da Copa do Mundo de 1958, o brasileiro era atormentado pelo complexo de vira-latas (desacreditar do próprio potencial).

Mas, interessante observar que foi o complexo de superioridade que nos tirou o título em duas Copas do Mundo.

O primeiro, em 1950, já "estava no papo", antes do jogo com o Uruguai. A concentração da seleção era uma festa permanente, antes da "conquista".

O segundo, em 1982, quando se convencionou chamar na época de "a última grande seleção brasileira da história".

Pelo pecado da imprevidência, a seleção de Telê foi derrotada pela Itália por 3 X 2. Paulo Rossi fez o "estrago".

E pensar que só precisávamos de um empate para seguir na Copa.

AS PAIXÕES DE NELSON

Nelson Rodrigues tinha duas paixões: a seleção brasileira e o Fluminense.

Com relação à seleção, dizia: "Se entra em campo com o nome do País e com o nosso Hino de fundo musical, então, é a pátria de calções e chuteiras".

Já com o Fluminense, exagerava: "Se o Fluminense jogasse no céu, morreria para ver o meu time".

Ia mais longe: "Quando o Fluminense precisa, se dá o milagre: os vivos saem de suas casas; os doentes, de suas camas; os mortos de suas tumbas".

Nelson Rodrigues colocou a poesia no futebol.

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