ABC e Ceará fizeram em Natal um jogo mais para velocistas do que para jogadores de futebol, num período em que se deplora o estado físico dos times no Brasil inteiro.
O Alvinegro cearense mandou a campo uma segunda formação e o dono da casa, emulando com a reclamação geral de falta de tempo para entrosar a equipe.
E vejam que o ABC contou no meio campo com um discípulo do colombiano Valderrama, de quem pediu emprestado o nome, embora a qualidade do futebol tenha ficado bem distante.
Botando o pé na carreira, o ABC abriu a contagem com um gol de Walisson depois de uma jogada de Maicon Douglas, um bom jogador.
Interessante que, antes desse gol, Vizeu conseguiu a proeza de acertar nas duas traves do ABC, numa finalização que pretendeu no alvo com excessivo rigor.
Mais interessante ainda (o futebol é cheio dessas coisas) foi a forma como time de Guto Ferreira chegou ao empate com Saulo Mineiro.
Na furada estrepitosa do zagueiro Helitão (também com esse nome) seguiu-se a ação de Vizeu em colocar a bola para dentro do gol potiguar.
Só mesmo com o auxilio de uma lupa, para descobrir quantas vezes a bola entrou e saiu do gol do ABC até a conclusão final.
Na fase final, os times optaram mais uma vez pela velocidade, ao invés de pensar um pouco como fazer as coisas.
Outro fato que nos tem chamado a atenção: desde que permitidas cinco substituições numa equipe, as mesmas são feitas para que tudo permaneça como está no jogo.
A melhor chance pertenceu ao ABC com Anicete, cujo nome também não ajuda muito.
O empate de 1 x 1, realmente acabou falando sobre o jogo.