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Ao longo do tempo, as funções do jogador em uma equipe de futebol mudaram muito.
Somos do tempo dos esquemas estáticos, onde cada um cuidava do seu lado.
Nilton Santos, a "Enciclopédia", disse: "Não invejo os laterais de hoje pelos salários que passaram a ganhar, mas pela liberdade de atacar".
Sim, porque há bastante tempo os defensores ganharam obrigações ofensivas. Precisam ter bom passe, além de leitura do jogo.
Para chegar ao ataque, mais do que nunca, as jogadas precisam ser bem iniciadas pelo sistemas defensivos.
O volante, que não passava de um guarda-costas dos zagueiros, ganhou a função de meia de armação, dadas as dificuldades criadas para o meia-raiz.
Vejam como é prazeroso se observar as flutuações de Caio Alexandre, do Fortaleza, na construção de jogadas tramadas ou com lançamentos longos.
Os espaços entre linhas encurtaram drasticamente para as aventuras individuais.
Ainda bem, existem os jogadores extraclasse, para desatar os nós mais difíceis.
E o futebol segue o seu caminho, para o deleite, cada vez maior, do seus apreciadores.
Neste Natal, pão para quem fome e fome de justiça para quem tem pão.
Voltamos em 2.024. Férias.
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