O Ceará não precisa de piedade, nem pedidos de demolição.
Não é de escombros que estamos tratando. Nada vai acabar para começar de novo.
Precisa, sim, de uma gestão que, mesmo imatura, trace um rumo a seguir dentro de uma crise.
Que readquira a consciência de grandeza, às vezes, esquecida, que o alvinegro exige.
As reações violentas de alguns torcedores mais enraivecidos e, por isso mesmo, repulsivas, devem ser rechaçadas.
O Mundo não se acaba se o alvinegro não retornar à primeira divisão este ano.
Os alicerces de um clube de mais de 100 anos suportam firme os solavancos que as fases ruins produzem.
Nada impede o inicio, já agora, de um trabalho consciente de rearrumação do elenco, visando a próxima temporada.
Torna-se um imperativo o maior zelo com as receitas do clube.
Pôr fim na aquisição de jogadores, cujo futebol jogado fica longe do valor investido.
Diga-se: o Ceará tem sido acometido de uma cegueira absurda nesse quesito.
Se falta inspiração na busca de um método, procure-se um atalho.
O verdadeiramente grande é reconhecido nas dificuldades.
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