O futebol cearense está pronto para o recomeço, porque o governo liberou e a prefeitura aprovou.
Bem que poderia ser sido mais cedo, um pouquinho, para não embolar com a Copa do Nordeste.
Apesar da flexibilização da atividade, as restrições não caíram ( nem poderiam), como um viaduto, dentro do desejável.
Mesmo que a arte de jogar não seja, hoje, tão chapliniana, a bola voltará a brincar entres as pernas em campos cearenses.
Brincar a sério, acrescente-se.
Sim, porque mesmo assim, o futebol tem o poder de escantear a tristeza e driblar a dor, por exemplo, do desemprego.
Se as pessoas não foram às ruas pedir o seu retorno, a razão foi o receio de contrair o Covid-19.
Para quem gosta do futebol e depende dele para viver, os mais de 90 dias de separação mexeram com o lado esquerdo do peito.
Essa história segundo a qual a distância aproxima precisa de uma urgente revisão.
Ver o futebol jogado em outras partes do mundo, sem nada poder fazer, criou um quadro de angústia digno de um bolero, embora seu fundo musical seja a batucada.
Foi demorada a judiação.
O jogo, como se sabe, ainda não vai permitir a simbiose com o povão porque as aglomerações que oxigenam essa festa vão de encontro às medidas protetivas.
Apesar delas, amanhã será outro dia, podem acreditar.
A alegria do recomeço vai se dar através do nosso longevo e tradicional campeonato estadual e, depois, se transfere para a Bahia, onde Deus mora perto.
Quem não gosta de futebol está ruim da cabeça ou doente do pé.
Viva o futebol!