Reginauro leva batalhão de apoiadores para depoimento à CPI sobre motim; veja vídeo

Parlamentares constituíram a plateia no segundo depoimento

Legenda: Sargento Reginauro é o segundo convidado a prestar depoimento na AL
Foto: Reprodução/YouTube

O vereador Sargento Reginauro (União Brasil), que presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito das Associações Militares, na tarde desta terça-feira (12), levou um "batalhão" de apoiadores à Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).

Além de amigos próximos do depoente, foram ao local os vereadores de Fortaleza Carmelo Neto (PL), Márcio Martins (Pros), Priscila Costa (PL) e Dudu Diógenes (Pros); além dos deputados estaduais Delegado Cavalcante (PL) e André Fernandes (PL), que não são membros titulares da CPI.

Veja vídeo

O deputado estadual Soldado Noélio (União Brasil), único deputado de oposição na CPI, afirmou que a plateia é constituída de "amigos" do vereador que repudiam a forma como a CPI está sendo tocada pela AL.

"Isso (apoio) se deve à imagem que foi construída pelo Reginauro como político no Estado do Ceará fazendo um trabalho sério, e, com certeza, os seus amigos aliados, pessoas que confiam na pessoa do Reginauro, vieram se solidarizar", disse Noélio.

Ainda segundo o parlamentar, os colegas foram à comissão para "manifestar o seu repúdio a essa postura da Assembleia que, ao invés de colocar nessa cadeira bandidos, membros de facções, está colocando pessoas de bem".

Crítica

Logo na chegada à Comissão, a oposição fez críticas à ausência de provas apresentadas nas investigações sobre cheques que teriam sido assinados pelo vereador enquanto presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS).

"Não encontramos os cheques que foram apresentados na sessão passada. Como é que pode apresentar cheques que não constam nos autos do processo? A CPI vai agir dentro da ilegalidade para tentar de qualquer forma macular a imagem das pessoas", declarou o deputado Noélio.

Em resposta, o presidente da CPI, deputado Salmito (PDT), argumentou que "todos os dados que estão sob a guarda da CPI estão disponíveis como manda a lei". "Não é como eu quero ou como o convidado quer, ou como o deputado a,b ou c querem. É como manda a lei", rebateu o pedetista. Segundo a presidência, as informações não serão disponibilizadas por conta da existência de dados sigilosos.

Noélio acusa a CPI de tentar descredibilizar pessoas ligadas ao Capitão Wagner (União Brasil), que é pré-candidato a governador do Ceará.

Ainda de acordo com o parlamentar, as investigações estão sendo conduzidas de forma equivocada. "Estão metendo os pés pelas mãos", diz. O parlamentar garante que vai procurar as vias judiciais caso haja abusos.

Colaborou o repórter Igor Cavalcante



Assuntos Relacionados