O senador Cid Gomes (PDT) declarou, neste sábado (2), que ainda vai conversar com os "amigos" do PL no Ceará sobre as eleições para o Governo do Ceará.
Cid, que já havia dado declarações sobre a longa amizade com o presidente estadual da sigla, Acilon Gonçalves, disse que há uma diferença entre o PL de Bolsonaro e o PL do Ceará.
"O PL é o partido do Bolsonaro a nível nacional. Eu quero ver o Bolsonaro pelas costas. O que eu puder fazer para ver o Bolsonaro fora do governo eu farei. Agora, o PL aqui do Ceará é de amigos nossos. Vamos conversar. Não dou por perdido não", disse.
Desde a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao partido, uma queda de braço pelo comando do PL no Ceará tomou conta das discussões internas da legenda.
O assunto só foi pacificado quando o prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, teria prometido a bolsonaristas cearenses apoio incondicional à reeleição do presidente da República.
O prefeito, inclusive, estuda o lançamento do ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos (recém filiado ao PL) para o governo estadual como estratégia para montar mais um palanque do presidente no Estado.
Conversas
Apesar das movimentações que se desenharam pró-Bolsonaro, o senador Cid, que coordena a extensa base aliada do governo, ainda não jogou a toalha.
O PDT contava (ou ainda conta) com diversas prefeituras do litoral leste como aliadas. Região liderada por Acilon.
Para a disputa do governo estadual, esses municípios são fundamentais para assegurar força política na Região Metropolitana de Fortaleza – região onde Capião Wagner (União Brasil) tem mais apelo popular.
Tentativas
Experiente nos bastidores, Cid diz que, enquanto houver a possibilidade de composição eleitoral, tentará acordos.
"Quanto mais forças políticas estiverem ao nosso lado, desde que pra isso a gente não tenha que fazer fisiologia, quebrar aquilo que a gente tem como importante, como diretriz, como baliza de um governo sério, nós vamos fazer", prometeu.