O Ceará venceu o Fortaleza por 2 a 0 no Castelão na noite deste domingo (5) pela Copa do Nordeste, repetindo a estratégia do clássico anterior pelo Cearense. O Alvinegro mais uma vez entrou ligado, marcando em cima e atacando desde o início, e contando com três jogadores em grande fase: Erick - o melhor em campo - Janderson e Vitor Gabriel.
Essa agressividade surpreendeu mais um vez o Fortaleza, que jogou com seu time 'alternativo' pensando no jogo contra o Cerro pela Libertadores na quinta-feira. Antes que perguntem, a escolha de Vojvoda foi acertada, afinal, o duelo do Castelão pelo mata-mata da Pré-Libertadores é muito importante e atuar com um time titular hoje desgastaria demais os atletas que iniciaram o jogo contra o Maldonado. Certamente se eles jogassem, também atuariam com menos intensidade que os jogadores do Ceará e daria no mesmo.
O time reserva do Fortaleza é forte, havia vencido CSA e Náútico, mas estes times são inferiores ao Ceará. E a equipe tricolor não achou a marcação no 1º tempo, principalmente no trio de frente. Janderson e Erick foram sempre perigosos e ganharam praticamente todos os duelos um contra um.
Erick fez uma grande partida desde o início de jogo, com jogadas individuais e iniciou a jogada para o gol de Castilho, aos 11 minutos.
Quando o Fortaleza tentou atacar, sair para o jogo, o Ceará ganhava todas as divididas, entrando mais firme, recuperando a bola rapidamente e o controle da partida.
Aos 22 minutos, Erick voltou a infernizar a defesa leonina com um belo drible em Lucas Sasha, que apelou para falta, e dentro da área. O atacante do Vovô cobrou bem e marcou o 2º.
E quando o Fortaleza conseguiu criar jogadas, o goleiro Richard - outro destaque do jogo - apareceu com defesas em lances de Pikachu e Lucero.
Assim, o Vovô saiu com a ótima vantagem para o 2º tempo.
Defesa segura e vitória no Clássico
Se no 1ºtempo o mérito do Ceará foi atacar desde o início, na etapa final foi saber se defender. Morínigo deixou o time armado para o contra-ataque e criou boas chances logo de ínicio.
Mas a medida que Castilho, Erick e Janderson foram cansando, o nível do time caiu, com o treinador precisando mudar com as entradas de Hygor Chay e William Maranhão. E o Fortaleza cresceu, com as entradas de Galhardo e Pocchetino.
Foi aí que a defesa do Vovô apareceu, perfeita no jogo áereo - principalmente Pagnussat - e Richard, em espetacular defesa em lance de Galhardo.
Já sem efetividade nos contra-ataques, o Ceará foi muito raçudo para segurar o resultado. Vitor Gabriel, o centroavante, personifica essa entrega em campo, dividindo todas com os zagueiros tricolores. Ele é a cara desse time raçudo e brigador do Ceará.
E agora?
Para o Ceará, a vitória no clássico - o segundo do ano - dá muita moral. Já são 10 jogos sem perder e um time cada vez mais azeitado, organizado por Morínigo. O setor de frente funciona muito bem, e bastam algumas correções nas laterais - Barcelos foi o ponto fraco - para que o time fique ainda mais seguro.
A classificação na Copa do Nordeste está próxima com a vitória, e o time está pronto para os mata-matas do Estadual e Copa do Brasil que virão.
Para o Tricolor de Aço, fica a sensação do 1º Clássico. Faltou concentração desde o início. Se aconteceu com o time titular no jogo no PV pelo Cearense, voltou a acontecer com os reservas. Certamente a posição confortável na tabela da Copa do Nordeste e a proximidade do jogo da Libertadores atenuam a derrota se pensar de forma racional, mas perder clássico nunca é bom.
Vojvoda certamente está insatisfeito, assim como a torcida tricolor. O resultado não deve afetar nada para o jogo contra o Cerro pela Libertadores, mas já são 2 jogos com derrota para o maior rival e isso pode pesar lá na frente.