O primeiro jogo de um treinador no comando de uma equipe é mais para observação, um ponto de partida para o início de um trabalho. Não dá nem para cobrar que a postura de um time mude, que o 'futebol' apareça como mágica.
Por isso não dá nem para cobrar nada de Léo Condé na estreia dele pelo Ceará contra o Santos na noite desta sexta-feira (5), por 1 a 0 no Castelão.
Mas dá pra sentenciar que ele terá muito trabalho pela frente no Ceará. No sentido de organizar o time, de dar um padrão.
Condé, com apenas 4 treinos no comando do time, manteve a formação inicial do jogo anterior contra o Ituano, vencido por 4 a 2 sob o comando de Anderson Batatais.
Ele quis manter a formação para dizer claramente que não dava pra fazer alterações ou mudanças drásticas em 4 treinos. "Joguem que eu vou observar".
E o que Léo Condé viu foi um Ceará desorganizado, ansioso, e desperdiçando as chances que apareciam.
Não que o Santos tenha feito uma partida excelente. Está mais para burocrática, sem nada demais, para um time que assumiu a liderança da Série B com a vitória.
O melhor em campo do Ceará foi Saulo Mineiro. Ele criou as melhores chances com chutes fortes que o goleiro Brazão espalmou. Pelo menos 3 chances assim e outras pra fora.
Ele até arriscou mais chutes do que precisava, mas Saulo e time estavam muito ansiosos.
Nem quando ficou com um a mais, aos 17 do 2º tempo, o Ceará foi capaz de criar uma pressão organizada em busca do empate.
Erick Pulga foi bem marcado, Aylon não rendeu mais uma vez, assim como os laterais foram muito mal: Rafael Ramos e Matheus Bahia.
Com o elenco que tem, Condé não conseguirá fazer muita coisa. Ele pode até melhorar um pouco com o que tem agora pelo conhecimento do elenco que terá, mas precisará de reforços. Pra ontem. O Ceará precisa agir na janela.