Análise: Ancelotti terá muito trabalho para elevar o nível da Seleção Brasileira
Italiano estreou com um empate sem gols diante do Equador
A expectativa da estreia de Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira era natural, pelo tamanho dele no futebol, treinando a seleção de camisa mais pesada do futebol mundial.
Mas a realidade foi vista diante do Equador, no empate sem gols em Guayaquil. O jogo não era fácil, o Equador é uma boa seleção, está entrosada e vem bem nas eliminatórias Sul-Americanas. A equipe é muito física e dificultaria muito o jogo da Seleção Brasileira.
Foi o que aconteceu. O 0x0 foi justo, com o Brasil estando muito preso ainda, muito travado em campo. A equipe mostrou uma evolução defensiva, mas ofensivamente foi muito tímida.
O zagueiro Alex Ribeiro foi o melhor em campo ao lado do volante Casemiro, mas os dois laterais também marcaram bem: Vanderson e Alex Sandro.
O problema mesmo foi a criação. O trio Gerson, Bruno Guimarães e Casemiro deu segurança lá atrás, mas faltou chegar para criar. Assim, Estêvão, Vini Jr e Richarlison ficaram isolados e receram poucas bolas.
Estevão pela direita e Vini Jr pela esquerda, quando recebiam bolas, tinham que resolver sozinhos. E não conseguiram, quase sempre perdendo no um contra um.
E Richarlison ficou isolado na frente, praticamente não participando do jogo.
Em suma, a estreia de Ancelotti foi 'ok' pela dificuldade do jogo e a equipe ainda presa em campo.
O treinador Italiano terá 3 dias para melhorar a equipe diante do Paraguai em São Paulo.
Ele tem uma amostra interessante de 90 minutos e pode mudar a postura, e a tática de jogo.
A equipe precisa de um meia armador e a volta de Raphinha pode ajudar muito neste sentido, ele que cumpriu suspensão hoje.
Ele deve ganhar a vaga de Bruno Guimarães.
Ancelotti terá trabalho para dar um padrão tático e 'soltar' essa equipe. Ele tem 1 ano para a Copa. Mas não será em uma passe de mágica, nem de um dia para o outro.
Ele tem jogadores de qualidade e pode montar uma boa seleção. Claro que será difícil chegar no nível de uma Espanha - melhor seleção do mundo -, da França, Argentina ou Portugal, mas ele pode aproximar a Seleção disso.