Por que a Faria Lima está de olho nesta rede social criada no Ceará

Poosting supera 3 milhões de usuários e já chega a 160 países.

Escrito por
Victor Ximenes producaodiario@svm.com.br
Legenda: Rede social brasileira ganha terreno em segmento dominado por gigantes globais.
Foto: Divulgação

Criada no Ceará, a rede social Poosting está atraindo a atenção de fundos de investimentos do mercado financeiro de São Paulo. Esta Coluna apurou que a startup atravessa intensos processos de sondagens e negociações com potenciais investidores.

O interesse de players da Faria Lima está ancorado em diversos fatores. A plataforma, que é a primeira rede genuinamente brasileira, cresce em ritmo acelerado e já ultrapassa 3 milhões de usuários em apenas 10 meses de existência. Isso de forma orgânica, sem aportes em marketing e com estrutura enxuta.

Embora o público cativo seja predominantemente brasileiro, a companhia já possui cadastros em 160 países, o que mostra potencial de internacionalização. Os mercados estrangeiros que se destacam na rede são Estados Unidos, Índia, Portugal e Irlanda.

Engajamento

Afonso Alcântara Poosting
Legenda: Afonso Alcântara, fundador da Poosting
Foto: Kid Jr/Diário do Nordeste

O ganho de tração se dá em um cenário no qual milhões de pessoas buscam fugir dos algoritmos das big techs. Uma vantagem é o perfil ultra engajado dos brasileiros nas redes, que tende a dar fôlego à expansão.

Diante da rápida alavancagem, o Google investiu inicialmente R$ 1,5 milhão na empresa, montante a ser utilizado para sustentar os servidores.

Para dar o próximo salto, no entanto, a companhia, fundada pelo cearense Afonso Alcântara, agora estuda propostas de fundos consagrados. Os termos das negociações ocorrem sob sigilo, mas a ideia é robustecer o caixa para ganhar musculatura e ampliar a base de usuários em 2026.