Hidrogênio verde é prioridade, e Ceará é um exemplo, diz Alckmin

Em entrevista à rádio Verdinha 92,5 FM, o vice-presidente e ministro falou sobre o potencial do hidrogênio verde e afirmou que o Senado deve fazer "reparos" na Reforma Tributária, em relação aos incentivos fiscais

Legenda: Ministro participou de entrevista com rádios de vários estados
Foto: Reprodução/TV Brasil

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou que o estímulo ao hidrogênio verde é prioritário para o Governo Federal e citou o Ceará como um exemplo de potencial nesta nova fronteira energética.

Ele destacou a complementaridade das energias solar e eólica no Ceará e outros estados do Nordeste. "Durante o dia, você tem o sol, que produz energia por células fotovoltaicas, e à noite, tem o vento. Essas duas fontes de somam", comentou Alckmin, em entrevista à rádio Verdinha 92.5 FM, durante o programa Bom Dia Ministro, na manhã desta quarta-feira (12)

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"Temos um problema de transmissão. O Ministério de Minas e Energia já fez os leilões para termos uma grande rede de transmissão. O caminho agora é produzir a outra fase da energia, gerando hidrogênio verde através da solar e da eólica", disse Alckmin.

O ministro citou ainda outra possível rota energética: produzir hidrogênio pelo etanol. "Se a água tem duas moléculas de hidrogênio, o etanol tem cinco, é um cacho de hidrogênio, e o Nordeste é um produtor de cana também importante".

Segundo ele, o BNDES já anunciou R$ 5 bilhões por ano para financiar pesquisa, inovação e digitalização, com juros de 1,9% ao ano. "Vai ser dada toda a prioridade da energia limpa, que cresce progressivamente no Nordeste", destaca o vice-presidente.

Incentivos fiscais

Alckmin também afirmou que o Senado deverá fazer "pequenos reparos" na Reforma Tributária, aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada.

Sobre a preocupação da indústria nordestina em relação ao futuro dos incentivos fiscais, ele afirmou acreditar que o Senado reanalisará para trazer segurança jurídica a investimentos já realizados.

"A posição do Governo não é tirar empresa e, sim, consolidá-las, e promover o desenvolvimento regional. O Senado vai se debruçar sobre isso", finalizou.

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