Gigante dos cuidados pessoais vê economia do Ceará em alta e mira demanda maior
Kimberly Clark avalia estado como motor estratégico no Nordeste. Desafio é atender peculiaridades do consumidor
O Ceará foi eleito como um mercado central na estratégia de expansão da Kimberly Clark, gigante multinacional dos cuidados pessoais, na região Nordeste. Assim como outros grandes players, a companhia, que atua em mais de 170 países, mira as grandes praças do Nordeste para alavancar vendas, em um cenário no qual a renda na região cresce acima das demais.
"Fortaleza já é a sétima capital em consumo no País, e o interior do Estado também vem acima da média nacional. Sem contar que a economia do Ceará cresce mais que o dobro da média do Brasil", comenta Cláudio Vilardo, CEO da Kimberly Clark Brasil, em entrevista exclusiva à Coluna Victor Ximenes.
Segundo o executivo, a holding, dona de marcas consagradas de fraldas, absorventes e outros segmentos de cuidados pessoais, concentrou os investimentos industriais no Nordeste nos últimos anos.
A empresa opera com uma fábrica em Camaçari (BA) e um centro de distribuição que permite abrir capilaridade logística para abastecer, principalmente, os três maiores mercados consumidores da região (Bahia, Pernambuco e Ceará). Entre as prioridades da planta, estão a produção de fraldas infantis 'pants' e itens para adultos.
“O Nordeste é o principal mercado para esse tipo de fralda. O consumo na região já supera o do restante do Brasil”, destaca Vilardo.
O desafio, diz ele, é justamente se alinhar às peculiaridades e demandas dos compradores de cada região. Para isso, a Kimberly tem celebrado parcerias com players locais, como redes de farmácias e supermercados.
Segmento geriátrico em alta
Outro nicho em avanço é o de cuidados geriátricos, alimentado pelo crescimento da expectativa de vida entre os nordestinos. “O mercado de incontinência ainda é pouco penetrado no Nordeste. Nossa missão é ampliar o acesso”, explicou Vilardo.
Há ainda um flanco de crescimento no e-commerce, especialmente nas grandes cidades. “A penetração online cresce com força nas capitais e começa a avançar para o interior”, pontuou.