Economia do Ceará cresce acima da média nordestina no 1º semestre, diz BNB
A economia do Nordeste consolidou desempenho positivo no primeiro semestre de 2025, de acordo com estudo do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste (BNB). O índice de atividade do Banco Central (IBCR-NE) cresceu 2,4% no primeiro semestre. Em doze meses, a região alcançou 3,8%, contra 3,9% da média nacional.
O Ceará acumula elevação de 2,6% nos primeiros seis meses do ano, portanto, ligeiramente acima da média regional.
O estudo aponta que o Estado mantém "fundamentos sólidos", embora enfrente o desafio de ampliar setores de maior valor agregado e reduzir a dependência de mercados externos.
A Bahia lidera o crescimento regional, com alta de 3,9% no semestre, impulsionada por fatores estruturais — base produtiva diversificada — e conjunturais, como condições climáticas favoráveis ao agronegócio.
Já Pernambuco registrou retração de 0,3% no semestre, reflexo do menor dinamismo do agronegócio, da indústria e da desaceleração dos serviços.
Perspectivas
O BNB avalia que a economia nordestina deve manter crescimento moderado até o fim de 2025. O desempenho será sustentado pelo agronegócio, sobretudo na Bahia e em áreas do Ceará, por investimentos em infraestrutura logística e energética e pelo avanço de segmentos industriais e de serviços com potencial exportador.
Entre os riscos, estão a dependência de fatores climáticos, a volatilidade nos preços internacionais e eventuais medidas protecionistas de parceiros comerciais. Internamente, a região ainda enfrenta crédito restritivo para alguns setores e necessidade de maior diversificação produtiva.