Banco do Nordeste: Novo concurso público está fora dos planos
No cargo desde janeiro, presidente mira aceleração da concessão de crédito
O presidente interino do Banco do Nordeste (BNB), José Gomes da Costa, tem uma definição muito clara da meta central a ser perseguida pela instituição, que é uma gigantesca máquina de crédito para os pequenos, médios e grandes empreendedores da região. O foco de sua gestão — que, por questões políticas, ainda não possui o carimbo de permanente — é acelerar o acesso ao crédito.
Para isso, afirma o executivo, que acumula 38 anos de carreira no BNB, não será necessária a realização de novo concurso público.
"Não há perspectiva de curto prazo (de realização de concurso). Temos mais de uma centena de concursados esperando ser chamados, mas não tem previsão de chamamento e muito menos de realização de concurso. E também acho que não há necessidade disso no momento", assegura Gomes, em entrevista ao Diário do Nordeste.
Desafio de agilizar o crédito
O desafio do BNB hoje é agilizar o giro de dinheiro "entre as pontas", como explica o presidente. O banco é um modelo em concessão de microcrédito, com taxas imbatíveis e rapidez na liberação dos recursos; o mesmo ocorre com o crédito para projetos e empresas de grande porte no campo da infraestrutura. No entanto, os gargalos estão justamente no meio dessa pirâmide.
"A gente precisa encontrar uma maneira de melhorar o atendimento para além do microcrédito, ou seja, os microempreendedores e pequenos do CNPJ. A gente precisa utilizar da expertise do que já é nosso para atender esse segmento das empresas formais", pontua.
Ele conta que hoje, em alguns segmentos, o banco, mesmo com taxas atrativas, acabe perdendo parte da clientela para outros players por conta da demora na concessão do crédito. Esse problema, diz, será atacado com maior força.
Entre as medidas para dar mais velocidade ao atendimento, o BNB buscará parcerias com fintechs.