O Banco Central concedeu autorização de funcionamento à Mêntore, empresa com sede em Fortaleza, para atuar como emissora de moeda eletrônica. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU), formaliza a entrada da fintech no rol de instituições supervisionadas pelo órgão regulador.
Conforme a publicação no DOU, a Mêntore, controlada pelo empresário Vanderson Aquino, detém capital social de R$ 24 milhões.
A autorização segue tendência recente do Banco Central de ampliar o escopo de fiscalização sobre fintechs, exigindo estruturas robustas de governança e compliance.
Regulação
A obtenção da licença coloca a Mêntore sob o sistema de monitoramento do BC, o que implica novas obrigações regulatórias. A fintech, que já era participante do Pix desde 2024, passa agora a seguir exigências formais de prestação de contas e auditoria.
Segundo a empresa, o processo de autorização envolveu apresentações detalhadas ao regulador sobre a operação e resultados. A diretoria da Mêntore informou que já operava com padrões compatíveis aos exigidos pelo BC, em parceria com auditorias externas como EY e BDO.
O avanço da regulação sobre o setor de fintechs tem elevado a exigência para novos entrantes, consolidando a profissionalização do mercado. Para instituições como a Mêntore, que já apresentam estruturas compatíveis com o arcabouço regulatório, a autorização representa um reforço à credibilidade institucional.
Fundada em 2021, a fintech atua com gestão de folha de pagamento, antecipação de recebíveis, crédito rotativo, dentre outros serviços financeiros.