Banco Central autoriza operação da cearense Mêntore como instituição de pagamento

Empresa controlada por Vanderson Aquino passou por escrutínio da autoridade monetária

Escrito por
Victor Ximenes producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:59)
Legenda: Vanderson Aquino, CEO do Mêntore Bank
Foto: Divulgação

O Banco Central concedeu autorização de funcionamento à Mêntore, empresa com sede em Fortaleza, para atuar como emissora de moeda eletrônica. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU), formaliza a entrada da fintech no rol de instituições supervisionadas pelo órgão regulador.

Conforme a publicação no DOU, a Mêntore, controlada pelo empresário Vanderson Aquino, detém capital social de R$ 24 milhões.

A autorização segue tendência recente do Banco Central de ampliar o escopo de fiscalização sobre fintechs, exigindo estruturas robustas de governança e compliance.

Regulação

A obtenção da licença coloca a Mêntore sob o sistema de monitoramento do BC, o que implica novas obrigações regulatórias. A fintech, que já era participante do Pix desde 2024, passa agora a seguir exigências formais de prestação de contas e auditoria.

Segundo a empresa, o processo de autorização envolveu apresentações detalhadas ao regulador sobre a operação e resultados. A diretoria da Mêntore informou que já operava com padrões compatíveis aos exigidos pelo BC, em parceria com auditorias externas como EY e BDO.

O avanço da regulação sobre o setor de fintechs tem elevado a exigência para novos entrantes, consolidando a profissionalização do mercado. Para instituições como a Mêntore, que já apresentam estruturas compatíveis com o arcabouço regulatório, a autorização representa um reforço à credibilidade institucional.

Fundada em 2021, a fintech atua com gestão de folha de pagamento, antecipação de recebíveis, crédito rotativo, dentre outros serviços financeiros.