Procrastinação, “deixar para depois”: é hora de acabar com esse mau hábito

Legenda: O postergador crônico adia o que precisa ser feito em diversas áreas da sua vida
Foto: Pexels

Você é daquelas pessoas que está sempre deixando as “coisas” para depois, que acaba se afligindo porque o prazo vai acabar e não consegue chegar no horário marcado ou entregar a tarefa ou trabalho? Conhece alguém que é conhecido por essas características? 

A isso chamamos de procrastinação.  Consciente ou inconscientemente, a pessoa se distrai com atividades menos importantes ou mais prazerosas do que aquela que precisaria ser feita agora. Isto impactará, de forma bem significativa, negativamente a vida delas.  

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Todo ser adulto, em algum momento, se deixa levar por uma chamada “consciência infantil”. Quando está no comando, as escolhas são coerentes com as de uma criança pequena. Portanto, é regida pelo prazer e busca o mais fácil, evita o que é desagradável ou que “dá trabalho”.  

Todos nós podemos, em algum momento, nos comportarmos assim. Mas, quando se torna muito frequente, definimos como um padrão. E tende a gerar sofrimento e conflitos não só para aquele que funciona dessa maneira, mas também para aqueles com os quais convive.   

O que leva alguém a procrastinar? 

Não se pode afirmar que é uma doença, síndrome ou transtorno. Mas existem algumas hipóteses de causas psicológicas e mentais. Transtornos de humor, de ansiedade, de déficit de atenção e hiperatividade são exemplos. 

Podemos encontrar procrastinação em pessoas que sofrem com transtornos de ansiedade. Ela pode ser perfeccionista, com a necessidade de autoafirmação e ser aceita. Assim, ela irá se cobrar fazer tudo perfeito.  

A cobrança é tamanha que ela não consegue iniciar a tarefa por medo de não conseguir realizá-la com perfeição. Vai deixando para depois, e depois... E isso acaba gerando mais ansiedade, podendo se tornar patológica. 

Procrastinação é diferente de preguiça. Na primeira situação, a pessoa não fica parada ou descansando. Ela apenas posterga a atividade que precisa ser feito logo e faz outras. O preguiçoso não faz outras atividades.  

Como falei anteriormente, essa pessoa, prisioneira do padrão procrastinador, sofre. No convívio social, ela recebe rótulos depreciativos e discriminatórios. É sempre vista como a que atrasa aos compromissos, seja uma reunião, seja entrega de um trabalho. Na formação de uma equipe, é preterida por não conseguir cumprir prazos ou mesmo pela entrega de última hora. 

O postergador crônico adia o que precisa ser feito em diversas áreas da sua vida. Mesmo que inicialmente gere uma sensação de alívio, é temporário, gerando desorganização, indefinição e pendências. O que gera mais sofrimento, porque se perde muita energia carregando o peso do acúmulo de atividades a serem feitas, além de um rebote psíquico inconsciente, de incompetência e incapacidade que puxará a autoestima para baixo. 

Alguns estudiosos indicam que 20% da população mundial é procrastinadora. Entre cinco pessoas, uma sofre com procrastinação.  

Então, não precisa se culpar, você não está sozinho nesse desafio. A ajuda de um profissional pode facilitar e fazer a diferença para quem realmente quer sair desse padrão e mudar. Um psicólogo ou um psiquiatra, ou os dois, dependendo do caso. 

Como dicas, sugerimos: Invista no autoconhecimento. Planeje em pequenos passos a execução das tarefas e inicie imediatamente. Comprometa-se em avaliar diariamente o enfrentamento desse desafio a ser vencido. 

Aceite que é um padrão e que está em todas as áreas da sua vida. Busque identificar, comprometa-se com a mudança e tome atitudes coerentes com esse compromisso. 

Paz e bem!