Falta um time sensação na Série A

No atual futebol brasileiro, qual é o time que está encantando as multidões? Nenhum. As oscilações são enormes. O Atlético-MG deu sinais de que iria arrasar. Começou batendo no Flamengo em pleno Maracanã. No segundo jogo, após estar perdendo para o Corinthians por 2 a 0 no Mineirão, promoveu espetacular virada e ganhou (3 a 2). Quando imaginei uma máquina montada por Sampaoli, eis um time comum que no Mineirão teve dificuldades para ganhar do Ceará (2 a 0). E nem mereceu ganhar. Aí o Internacional começou a subida. Assumiu a liderança. Tudo. Mas penou para derrotar um Ceará desfalcado. Um Inter forte, de boa qualidade, mas nada de extraordinário. O Flamengo, máquina do ano passado, é outro time oscilante. Defesa vulnerável. Tomou três gols na derrota (3 x 0) para o Atlético-GO, tomou mais três gols na vitória sobre o Bahia em Salvador (3 x 5), tomou dois gols na derrota para o Ceará e por pouco não tomou o terceiro. Joga bonito com os menudos, mas longe do time 2019. São Paulo e Corinthians sofreram nas mãos do Fortaleza lá em São Paulo. O time do Morumbi ganhou, mas Deus sabe como. E o Corinthians só empatou. Conclusão: não há ainda o top de linha.

Versatilidade

Tenho dito, repetidas vezes, a minha admiração pelo futebol do jogador Marlon. Motivo simples: voluntarioso e versátil. Agora mesmo, observem em quantas posições ele já compôs no time do Fortaleza. Vi Marlon na ponta-esquerda, na ponta-direita, volante, na meia-esquerda, na ala direita. E com bom aproveitamento em tudo. Daí a confiança do técnico Rogério Ceni.

Coringa

Se Gabriel Dias está fora e Tinga não puder atuar, logo se fala no Marlon como opção. Enfim, tipo do atleta de grupo. Uma espécie de jogador coringa. Impossível antever a escalação a ser mandada a campo por Rogério Ceni. Ele há surpreendido muito com novidades que, na maioria das vezes, dão certo. Entendo isso como um dos méritos de Ceni, ou seja, ter o grupo na mão.

Arbitragem

Outro time gaúcho no caminho do Fortaleza: Internacional. Diante do Grêmio, em Porto Alegre, o Leão foi prejudicado por um árbitro caseiro, Igor Benevenuto, que inventou um pênalti bem à moda da casa. Contra o Internacional ninguém quer ajuda da arbitragem. Quer apenas que não atrapalhe.

A CBF tem posições incríveis. Quis desalojar o Ferroviário do Castelão, tendo por objetivo preservar o gramado para os artistas da Série A nacional. Aí, na Copa do Brasil, admite estádios pequenos e de gramado comprometido como o de Brusque.

O Estádio Diogão, em Bragança no Pará, onde o Ceará fez seu primeiro jogo pela Copa do Brasil, está bem arrumado, mas a qualidade do gramado está longe de ser o que a CBF exige. Então é furado o argumento da entidade para tentar tirar o Ferrão do Castelão.