Clássico-Rei para todos os gostos

Leia a coluna de Tom Barros

Legenda: Ceará e Fortaleza empataram em 3 a 3 no primeiro Clássico-Rei do ano, no Campeonato Cearense
Foto: LC Moreira/SVM

Hoje começa a série. O primeiro é válido pela Copa do Nordeste. Depois, no dia 30 de março, um sábado, o jogo de ida pelo Campeonato Cearense. E, no dia 06 de abril, também um sábado, a grande final. Já houve um Clássico-Rei no dia 17 de fevereiro, válido pela fase classificatória do certame estadual. Deu empate: 3 x 3. As perspectivas são boas. O Fortaleza tem reconhecidamente um elenco maior e com mais opções. O técnico do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda, dispõe de um repertório maior.

Mas o treinador do Ceará, Vagner Mancini, mandou aviso assim que ficaram definidas as vagas na fase final. Mancini disse que a camisa do Ceará tem peso. E tem mesmo. Daí aumentarem as expectativas. Na recente partida, houve empate técnico. O Vozão foi dono do primeiro tempo, no qual abriu uma vantagem de 2 a 0. Na Fase final, o Fortaleza virou (3 x 2), mas cedeu o empate, já nos acréscimos. Pelas condições técnicas, o Fortaleza está num patamar superior. Mas, na história do Clássico-Rei, predomina a imprevisibilidade. Tudo é possível. Importante é que, antes dos jogos finais do estadual, os dois vão se mostrar amanhã. Cada um tire suas próprias conclusões. 

Manjadinho 

Mais uma vez, prevaleceu o que todos esperavam. Com todo respeito aos demais times, Fortaleza e Ceará sempre estiveram acima dos demais concorrentes. Os prognósticos tomaram por base exatamente a diferença de estrutura física e financeira, quando de uma análise comparativa entre os competidores. 

Campanha 

Merece destaque a campanha do Maracanã, sob o comando do técnico Júnior Cearense. Com recursos financeiros limitados, ele montou um time que, de forma surpreendente, conseguiu segurar o poderoso Fortaleza no jogo de ida. Um time bravo, lutador, que manteve a postura altiva em todo o decorrer da disputa. 

Mísseis 

A propósito de Maracanã, o veterano Pio continua dono de um dos mais potentes chutes do futebol brasileiro. No jogo de ida, diante do Fortaleza, em três oportunidades, ele disparou seus mísseis. Algo semelhante vi apenas nos chutes do volante Simplício, do Ferroviário, e do ponta-esquerda do Fortaleza, Bececê, ambos atuantes na década de 1960. 

Recurso raro 

Chutes fortes de fora da área podem definir partidas em que a retranca não permite penetrações do adversário. Um dos recursos é a conclusão de longa distância. No momento, quer no Fortaleza, quer no Ceará, não há especialista. Houve, sim, uma conclusão isolada de Kauan, no Clássico-Rei passado. Realmente um canhão, um golaço de fora da área. Mas um recurso não usado com frequência. 

Especialista 

Há jogadores que chutam forte de fora da área. Mas me refiro ao especialista, ou seja, aquele que faz a diferença pelas conclusões trabalhadas, máxime com o aproveitamento da potência do chute. Também no Fortaleza, na década de 1960, houve um lateral-direito que assustava por possuir qualidade assim: Mesquita. Era conhecido por executar bem esse recurso. 



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