As esperanças tricolores em Assunção

Leia a coluna desta quinta-feira

Legenda: Fortaleza enfrenta o Cerro Porteño nesta quinta-feira.
Foto: Kid Júnior/SVM

O Fortaleza é imprevisível. Quando tudo indica que o time está irremediavelmente batido, ergue-se cheio de esplendor para algum feito notável. Assim, hoje, no Paraguai, tudo leva a crer que o Cerro Portenho fará a festa. As condições todas lhe são favoráveis. Em casa, no Estádio General Pablo Rojas (La Olla), nem precisará ganhar o jogo. Basta um empate. Esse é o lado real da situação. Mas o futebol nem sempre caminha de acordo com a lógica. Os prognósticos, não raro, são contrariados em campo.

É exatamente aí onde entra a história do tricolor de aço. No ano passado, saiu das pegadas de uma lanterna para os passos firmes de uma vaga na Libertadores. Trocou a sombra da ameaça de rebaixamento pela luz da classificação. Há alguns anos, depois de sepultado por oito anos na Série C, viu o raiar da ressurreição que o levou a quarto colocado da Série A nacional. Em 2015, o Fortaleza após sofrer a virada do Ceará, gol de Assisinho, aos 45 do segundo tempo, fez o que ninguém acreditava: Cassiano empatou (2 x 2) aos 47 minutos e levou o título estadual para o Pici. Em verdade, em verdade, vos digo: o Fortaleza é além da imaginação. Uso muito essa frase quando o Leão está em desvantagem. 

Equilíbrio 

No jogo de ida no Castelão, em nenhum momento vi o Cerro Portenho ser superior ao Fortaleza. Houve equilíbrio. O resultado justo teria sido um empate. Mas nem sempre o placar reflete o que houve em campo. Então, da mesma forma que o Cerro aqui surpreendeu, o Fortaleza poderá surpreender lá. Não vejo nada definido, apesar do favoritismo do Cerro Porteño. 

Incômodo 

Há enorme preocupação no Fortaleza, já pelo número de desfalques. Problema maior porque comprometidos os alas que dão ao Leão força e apoio pelos lados do campo. O técnico Juan Pablo Vojvoda terá de usar seu reconhecido condão para manter o nível de produção, mesmo sem contar com Dudu, Tinga, Lucas Esteves e Bruno Pacheco. Vojvoda é muito bom nas improvisações. 

Presidência 

Os imbróglios jurídicos existem mais para confundir do que para esclarecer. Assim, tantas opiniões ouvi sobre a situação da presidência do Ceará que terminei mais atônito do que quem ocupa o cargo. O melhor mesmo é manter a serenidade, aguardando que, pela intervenção dos luminares da advocacia cearense, o inusitado caso seja resolvido.  

Nomes responsáveis 

A propósito da definição de rumos sobre a real situação jurídica da presidência do Ceará, isso, pelo menos na minha opinião, pouco importa. O que verdadeiramente importa é ter o Vozão nomes capazes de fazer a equipe voltar ao topo, ou seja, à Série A nacional, tendo saúde financeira e responsabilidade administrativa. 

Homenagem 

Quem foi o melhor presidente do Ceará em todos os tempos? Seria injusto escolher um nome só. Cada presidente deve ser avaliado de acordo com a situação que teve de enfrentar. Uma coisa é presidir um time que tem alta reserva nos cofres. Outra coisa é receber um time que tem sérios problemas financeiros. Prefiro a todos homenagear na carismática pessoa do saudoso Elias Bachá.  

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