Aplausos ao ídolo alvinegro

Leia a Coluna desta quinta-feira (17)

Legenda: Luiz Otávio retornou aos gramados pelo Ceará praticamente depois de um ano
Foto: Gabriel Silva/Ceará SC

No jogo em que o Ceará ganhou (1 x 0) da Ponte Preta, um fato especial aconteceu. Na reta final do jogo, o técnico Léo Condé fez um sinal, indicando que zagueiro Luiz Otávio entraria. Já aí a torcida reagiu positivamente. Quando Luiz entrou, houve uma explosão de aplausos. 

Ídolo é diferente. Luiz Otávio tem uma longa folha de serviços prestados ao Ceará. Sempre se doou à causa. E o fez com dedicação, competência e profissionalismo. O ídolo é forjado através dos anos. É uma história repleta de conquistas, sacrifício, identificação. 

Digo sempre que entre o ídolo e o clube há uma fusão de imagens. São dois em um. Uma espécie de ajuntamento de ideal, de sonhos, de objetivos, de vida. Passado, presente e futuro misturados. Ninguém sabe onde um começa e o outro termina. Não há como separar. 

Quando Luiz Otávio entrou em campo, com a braçadeira de capitão, o estádio inteiro o aplaudiu. Aplausos de esperança, de confiança. Foram onze meses de espera.   Finalmente, de volta, o grande capitão. 

 

Outro ídolo 

 

Luiz Otávio veio se juntar a outros ídolos na galeria dos imortais alvinegros. Veio se juntar ao saudoso zagueiro como ele, capitão como ele, querido como ele. Falo de Alexandre Nepomuceno, o "Filé de Jia". Alexandre foi o grande capitão do tricampeonato do Ceará em 1961, 1962 e 1963. 

 

Grande capitão 

 

Alexandre foi também o grande capitão da Seleção Cearense, quarta colocada no Campeonato Brasileiro de Seleções de 1962. A Seleção Cearense foi eliminada pela Seleção Carioca. Ficou atrás apenas da Seleção de Minas Gerais (campeã), da Seleção Carioca (vice) e da Seleção Paulista (terceira colocada).  

 

Detalhe interessante 

No Campeonato Brasileiro de Seleções de 1962, o artilheiro foi o ídolo do Ceará, Gildo, com 10 gols. E o vice foi o ídolo do Fortaleza, Mozart Gomes, com oito gols. Detalhe: o terceiro foi Croinha, do Maranhão, com sete gols. Três anos depois, em 1965, Croinha veio jogar no Fortaleza, tornando-se um dos mais notáveis ídolos do Leão. 

 

Artilheiro do Brasil 

 

Pouca gente sabe que, na Taça Brasil de 1964, o artilheiro foi também ídolo do Ceará, Gildo Fernandes de Oliveira, que marcou oito gols. Superou Pelé e Carlos Ruiter, que marcaram sete gols, cada. Observem que Gildo foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de Seleções de 1964 e artilheiro da Taça Brasil de 1964.  

 

Terceiro do Brasil 

 

No Campeonato Brasileiro de 1964 (Taça Brasil), o Ceará foi o terceiro colocado. Ficou atrás apenas do Santos (campeão) e do Flamengo (vice-campeão). O Ceará foi eliminado pelo Flamengo na fase semifinal: perdeu no PV (1 x 2) e perdeu no Maracanã (3 x 1). Gildo fez o gol do Ceará no Maracanã. Os ídolos são diferentes.  

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